O que é doença mental?
Quando falamos em doença mental podemos pensar em uma condição que enquadra específicos sintomas, causas e medidas terapêuticas padronizadas. Como por exemplo, uma doença cardíaca que possui sinais característicos associados a essa condição.
A questão da palavra doença mental pode nos gerar certo desconforto, além disso, ainda existe um tabu na sociedade relacionado a essa questão do mental. Esse tabu nos acompanha devido a imagem que foi atribuída ao “louco”.
No modelo clássico psiquiátrico o “louco” era banalizado, distanciado e marginalizado, pois, não compartilhava da mesma realidade imposta pela sociedade. A loucura era associada ao maligno, ao diferente, ao estranho, ao demoníaco, a todos aqueles que de certa forma não se enquadravam no sistema.
Atualmente, esforços tem sido realizados para amenizar o preconceito vinculado a doença mental. Para isso, existem campanhas de conscientização que ajudam a propagar a informação para a sociedade. Aqui no Brasil, temos as campanhas “Janeiro Branco” destinada conscientizar sobre a importância de cuidarmos da nossa saude mental e o “Setembro Amarelo” para discussão a respeito da prevenção ao suicídio. Essas medidas se enquadram como maneiras de propagar conhecimento e dismistificar o conceito de que doença mental é sinônimo de fraqueza ou loucura.
De acordo com a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Psiquiátrica Americana (APA) a desordem mental é qualquer estado caracterizado por prejuízos cognitivos, emocionais e comportamentos disfuncionais. Esses distúrbios abrangem aspectos fisiológicos, genéticos, químicos, sociais entre outros e não podem ser compreendidos somente por circunstâncias ambientais.
Nesse sentido, quando falamos sobre transtornos mentais devemos levar em consideração esse conceito amplo, que abrange uma trajetória diagnóstica do indivíduo e elementos multifatoriais que devem ser observados para um diagnóstico e intervenção efetivos.
Bom, mas a saúde mental? A saúde mental é a ausência de doença mental?
Por muito tempo essa era a definição empregada para dizermos se tínhamos ou não uma saúde mental de verdade. Entretanto, hoje já sabemos que para termos saúde mental é importante também termos além da ausência de doença, outros aspectos que irão ditar o estado da nossa saúde. E quais são esses aspectos?
Motivação, habilidades de manejar conflitos, reconhecer suas limitações e dificuldades, relações sociais saudáveis e o bem-estar propriamente dito. De maneira geral, a saúde mental é a forma como reagimos as adversidades da vida e ao modo como equilibramos nossas emoções e ideias.
Pensando nisso, existem algumas formas de manter e melhorar nossa saúde mental por meio da realização de simples ações que giram em torno do nosso autocuidado. Essas ações já podem repercutir em grandes mudanças a longo prazo com efeitos positivos em nosso cotidiano.
O que podemos fazer?
Primeiramente, seja gentil consigo mesmo. Cuide de sua alimentação para que seja saudável, realize exercícios físicos, práticas mente-corpo, trabalhe sua espiritualidade, opte por relacionamentos que lhe tragam mais sentimentos positivos e saudáveis, busque ambientes que lhe tragam bem-estar, converse com seus familiares e amigos, não há problema algum em se sentir triste, o importante é como manejar esse sofrimento, e se for necessário, busque a ajuda de um profissional.
No dia-a-dia experenciamos uma série de situações tanto boas quanto ruins, mas que fazem parte da nossa vida. Saber como lidamos com elas é o que nos mostra como anda a nossa saúde mental. E aí, como anda a sua?
Bibliografia
GALDERISI, S. et al. Toward a new definition of mental health. World psychiatry: official journal of the World Psychiatric Association (WPA), v. 14, n. 2, p. 231–233, 2015.
MIKKELSEN, K. et al. Exercise and mental health. Maturitas, v. 106, p. 48–56, 2017.
RICHARDS, K.; CAMPENNI, C.; MUSE-BURKE, J. Self-care and well-being in mental health professionals: The mediating effects of self-awareness and mindfulness. Journal of mental health counseling, v. 32, n. 3, p. 247–264, 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. DEPARTMENT OF MENTAL HEALTH et al. Mental health atlas 2005. World Health Organization, 2005.
WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Promoting mental health: Concepts, emerging evidence, practice: Summary report. World Health Organization, 2004.
Quando falamos em doença mental podemos pensar em uma condição que enquadra específicos sintomas, causas e medidas terapêuticas padronizadas. Como por exemplo, uma doença cardíaca que possui sinais característicos associados a essa condição.
A questão da palavra doença mental pode nos gerar certo desconforto, além disso, ainda existe um tabu na sociedade relacionado a essa questão do mental. Esse tabu nos acompanha devido a imagem que foi atribuída ao “louco”.
No modelo clássico psiquiátrico o “louco” era banalizado, distanciado e marginalizado, pois, não compartilhava da mesma realidade imposta pela sociedade. A loucura era associada ao maligno, ao diferente, ao estranho, ao demoníaco, a todos aqueles que de certa forma não se enquadravam no sistema.
Atualmente, esforços tem sido realizados para amenizar o preconceito vinculado a doença mental. Para isso, existem campanhas de conscientização que ajudam a propagar a informação para a sociedade. Aqui no Brasil, temos as campanhas “Janeiro Branco” destinada conscientizar sobre a importância de cuidarmos da nossa saude mental e o “Setembro Amarelo” para discussão a respeito da prevenção ao suicídio. Essas medidas se enquadram como maneiras de propagar conhecimento e dismistificar o conceito de que doença mental é sinônimo de fraqueza ou loucura.
De acordo com a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Psiquiátrica Americana (APA) a desordem mental é qualquer estado caracterizado por prejuízos cognitivos, emocionais e comportamentos disfuncionais. Esses distúrbios abrangem aspectos fisiológicos, genéticos, químicos, sociais entre outros e não podem ser compreendidos somente por circunstâncias ambientais.
Nesse sentido, quando falamos sobre transtornos mentais devemos levar em consideração esse conceito amplo, que abrange uma trajetória diagnóstica do indivíduo e elementos multifatoriais que devem ser observados para um diagnóstico e intervenção efetivos.
Bom, mas a saúde mental? A saúde mental é a ausência de doença mental?
Por muito tempo essa era a definição empregada para dizermos se tínhamos ou não uma saúde mental de verdade. Entretanto, hoje já sabemos que para termos saúde mental é importante também termos além da ausência de doença, outros aspectos que irão ditar o estado da nossa saúde. E quais são esses aspectos?
Motivação, habilidades de manejar conflitos, reconhecer suas limitações e dificuldades, relações sociais saudáveis e o bem-estar propriamente dito. De maneira geral, a saúde mental é a forma como reagimos as adversidades da vida e ao modo como equilibramos nossas emoções e ideias.
Pensando nisso, existem algumas formas de manter e melhorar nossa saúde mental por meio da realização de simples ações que giram em torno do nosso autocuidado. Essas ações já podem repercutir em grandes mudanças a longo prazo com efeitos positivos em nosso cotidiano.
O que podemos fazer?
Primeiramente, seja gentil consigo mesmo. Cuide de sua alimentação para que seja saudável, realize exercícios físicos, práticas mente-corpo, trabalhe sua espiritualidade, opte por relacionamentos que lhe tragam mais sentimentos positivos e saudáveis, busque ambientes que lhe tragam bem-estar, converse com seus familiares e amigos, não há problema algum em se sentir triste, o importante é como manejar esse sofrimento, e se for necessário, busque a ajuda de um profissional.
No dia-a-dia experenciamos uma série de situações tanto boas quanto ruins, mas que fazem parte da nossa vida. Saber como lidamos com elas é o que nos mostra como anda a nossa saúde mental. E aí, como anda a sua?
Bibliografia
GALDERISI, S. et al. Toward a new definition of mental health. World psychiatry: official journal of the World Psychiatric Association (WPA), v. 14, n. 2, p. 231–233, 2015.
MIKKELSEN, K. et al. Exercise and mental health. Maturitas, v. 106, p. 48–56, 2017.
RICHARDS, K.; CAMPENNI, C.; MUSE-BURKE, J. Self-care and well-being in mental health professionals: The mediating effects of self-awareness and mindfulness. Journal of mental health counseling, v. 32, n. 3, p. 247–264, 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. DEPARTMENT OF MENTAL HEALTH et al. Mental health atlas 2005. World Health Organization, 2005.
WORLD HEALTH ORGANIZATION et al. Promoting mental health: Concepts, emerging evidence, practice: Summary report. World Health Organization, 2004.